Quais vacinas meu cavalo deve tomar neste ano de 2017

Não existe um programa de vacinação padronizado para todos os equinos e é de responsabilidade do médico veterinário planejar um plano de acordo com as necessidades de cada criatório. “O protocolo de vacinação pode variar de acordo com o tipo de criação, a localização geográfica do haras e em casos de surtos ou epidemias de doenças infectocontagiosas”, diz Dr. Carlos Guilherme de Castro Schutzer, da Embrio-Equi, em São Simão/SP.

Com o aumento do número de provas e eventos equestres por todo o país, elevou-se a frequência de trânsito e aglomeração de animais e, consequentemente, a disseminação de doenças. Assim, é de grande importância a implantação de um programa de vacinação adequado para a prevenção das doenças.

Outras doenças para as quais se deve considerar a vacinação incluem Estreptococose Equina (Garrotilho), Leptospirose, Antrax (Carbulunculo Hemático), Botulismo, Artrite Viral Equina, Salmonelose, Erliquiose Monocítica e, nas éguas reprodutoras em criações com grande índice de septicemia neonatal (infecção generalizada em potrinhos), toxóides contra Clostridium perfringens do tipo C e D.

Um programa de vacinação mínimo para todos os equinos inclui a vacina contra o tétano, raiva, encefalomielite equina (dos tipos Leste e Oeste), influenza e raiva todos os verões (janeiro, fevereiro). Em muitas situações indica-se uma vacinação mais freqüente e adoção da vacina contra rinopneumonite (aborto equino a vírus), mas isso somente o veterinário poderá orienta-lo de acordo com o risco epidemiológico. Para Anemia Infecciosa Equina (AIE) e Mormo, não existe vacina nem tratamento e preconiza-se o sacrifício de animais.

Um fator muito importante é com relação à manutenção das vacinas sobre refrigeração em temperatura adequada, tanto no armazenamento quanto no transporte, e durante a sua utilização. As instruções devem seguir as recomendações do fabricante, pois se houver alguma falha nestes procedimentos pode ocorrer perda na eficácia.

No momento da vacinação, o animal deve estar livre de vermes e carrapatos. Se vacinarmos um animal com algum desequilíbrio nutricional ou hormonal, a resposta à vacinação pode não ser eficiente e o animal continuará com risco de adquirir a doença. Animais com febre, alguma infecção ou virose devem também esperar completa recuperação para depois serem vacinados, pois estas condições podem diminuir o efeito da vacina.

Fica claro que é de suma importância a implantação de um programa de vacinação adequado em equinos para a prevenção e controle das doenças. E o proprietário deve estar ciente de que a vacinação serve para minimizar os riscos da infecção, mas não é capaz de prevenir doenças em todas as circunstâncias.

A ideia de que a vacinação protege contra doenças deve ser acompanhada por um bom manejo sanitário e alimentar, ou seja, devemos trabalhar com o conceito de um manejo de boa qualidade e não vacinar pura e simplesmente.